André Floyd em Confraria Floydstock
Faça um favor a sí mesmo, ouça “Orion”, álbum do Ultranova e seja mais feliz.
É com completo encantamento que começo a escrever minhas impressões sobre este belíssimo trabalho da banda de rock progressivo Ultranova, de Belém do Pará.
Inteiramente instrumental, “Orion”, álbum lançado pelo quarteto em 2017 soa cem por cento etéreo e refinado, calcado dinâmica e predominantemente no eixo teclados e guitarras, também entregando uma espetacular cozinha baixo-bateria.
Para os amantes do prog rock mundial, este álbum desde o seu início, com a faixa inicial “Órbita”, talvez possa remetê-los à sensações de por ora estar ouvindo uma jam com músicos do Triumvirat, David Gilmour, Frank Zappa, Bacamarte e até mesmo algum jazzista renomado, como na faixa “Salinas”, além de elementos eruditos.
Devido à qualidade homogênea e abstrata, o disco é como uma “La Gioconda”, de Leonardo Da Vinci ou “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, ou seja, cada apreciador pode ter uma experiência e contemplação única, em todas as faixas.
Mas, a faixa-título, que encerra o trabalho, é uma verdadeira obra-prima, não só do rock progressivo, mas da música, na sua melhor acepção do termo, capaz de deixar o dia do ouvinte bem mais inspirado e iluminado. Recomenda-se repeti-la diversas vezes.